segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Santiago, Seia - História de uma família

António Pinto da Costa. N. 14/02/1846 F. 29/09/1919

Foto de Antonio Pinto da Costa

Assento de Baptismo de António Pinto da Costa. 22 de Fevereiro de 1846. Cópia do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (segue tradução)

“ Maceira, António fº” (filho) “ de Francisco e de Balbina Rita.
Aos vinte e dois dias do mês de Fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis, baptizei solenemente e apus os santos óleos a António, nascido a oito dias” (14 de Fevereiro)”filho legítimo de Francisco da Costa e de Balbina Rita, naturais desta freguesia. Neto paterno de avô incógnito e de Jacinta da Costa desta freguesia e materno de João de Abrantes e de Rita Marques, aquelle da Sobreda, freguesia do Seixo e esta desta freguesia. Foram padrinhos António Ferrão e Maria do Patrocínio desta freguesia sendo testemunhas João Ferrão dos Santos e José Luís Marras,” (assim parece) “ e assinaram de que fiz este assento. O Pároco Manuel Gomes da Costa”

Seguem-se as assinaturas dos padrinhos.

Em cima foto e cabeçalho de folha de papel timbrado da Casa Carvalhaes, Pinto da Costa e Cª. fundada em 1860 na cidade de Belém do Pará, Brasil.
Na imagem, 1ª folha do inventário de bens lavrado por falecimento

Balbina Pinto dos Santos e Silva. N.13/02/1893, F. 16/12/1963 - Amândio Pinto da Silva. N.a 28/06/1881 F. 16/12/1974

Na foto, Balbina Pinto dos Santos e Silva e Amândio Pinto da Silva em meados dos anos 50

Assento de Baptismo de Balbina Pinto dos Santos. 13 de Fevereiro de 1890

Cópia pág. 1 do Assento de Baptismo

Cópia pág. 2 do Assento de Baptismo. (Segue tradução)

Assento nº 22.

”Aos vinte e um dias do mês de Maio de mil oitocentos e noventa e três, nesta igreja parochial de São Thiago, Concelho de Cea, Diocese da Guarda, baptizei solenemente um indivíduo do sexo feminino. A quem dei o nome de Balbina, que nasceu no logar de Maceira, desta freguesia, pelas cinco horas da tardedo dia trese do mês de Fevereiro do dito anno; filha legitima e primeira de Mansueto Madeira dos Santos, proprietário e de Leonor Pinto da Costa, proprietária, naturaes e moradores no dito logar de Maceira, parochianos recebidos (assim parece) nesta freguesia, neta paterna de Joaquim Madeira dos Santos e de Delfina Rosa, naturaes do logar de Maceira. Foram padrinhos António Pinto da Costa, solteiro, proprietário, representado pelo seu bastante procurador João Pinto da Costa , solteiro, comerciante, maior e Maria Emília Pinto da Costa, solteira, os quaes todos sei serem os próprios. (…)”

Seguem-se as assinaturas dos padrinhos e do pároco.
Assento de Casamento de Amândio Pinto da Silva com Balbina Pinto dos Santos. Lisboa 13 de Junho de 1913


Cópia pag. 1 do Assento de Casamento

Cópia pag. 2 do Assento de casamento. (Segue tradução)
“Pelas dez horas do dia doze de Junho do ano de mil novecentos e treze, no primeiro andar do prédio número trinta e cinco da Rua Gonçalves Crespo, parochia civil de Camões do terceiro Bairro de Lisboa, (…).
Amândio Pinto da Silva, de trinta e dois anos, solteiro, comerciante, natural da freguesia de Santhiago, Concelho de Ceia, residente nesta casa, filho legitimo de José Povoa da Silva, proprietário e de Maria da Glória Pinto, doméstica, naturais também da freguesia de Santhiago, onde residem, sendo aquele já falecido; e Balbina Pinto dos Santos, de vinte anos, devidamente autorisada por sua mãe, que se achava presente e que neste acto lhe deu o devido consentimento, solteira, doméstica, natural da freguesia de Santhiago, já referida, residente nesta casa, filha legitima de Mansueto Madeira dos Santos, proprietário e de Leonor Pinto da Costa, proprietária, naturaes também de Santhiago, onde esta reside, sendo aquele já falecido; e declarando perante mim e as testemunhas adeante nomeadas, que de sua firme vontade desejaram celebrar, como por este acto celebramos, o seu casamento definitivo segundo o regime da comunhão de bens (…). Foram testemunhas presentes a todo este acto, que declararam querer ser padrinhos, Maria Emília Pinto da Costa, solteira, maior, doméstica; António Pinto da costa, solteiro, maior, comerciante, Alexandrina Pinto da Silva, viúva, doméstica, todos residentes nesta casa; e António Lopes da Silva, casado, comerciante, residente na Rua da Esperança, número dez, segundo (…)”
Seguem-se oito assinaturas
Após o casamento, em casa, na R. Gonçalves Crespo 35 em Lisboa

Assento de Óbito de Balbina Pinto dos Santos e Silva. 16 de Dezembro de 1963


Cópia Assento de Óbito.

Nome: Balbina Pinto dos Santos e Silva
Sexo Feminino, idade, setenta e três anos, estado, casada de Amândio Pinto da Silva.
Naturalidade: freguesia de São Tiago, concelho de Seia
Última residência habitual: Alameda D. Afonso Henriques quarenta e oito, terceiro direito em Lisboa.
Pai: Mansueto Madeira dos Santos
Mão: Leonor Pinto da Costa
Hora do falecimento: duas horas, dia dezasseis, mês Dezembro e ano de mil novecentos e sessenta e seis.
Lugar: freguesia Alto do Pina
Concelho de Lisboa
Causa da morte: Enfarte do miocárdio.
Registo de nascimento (…) do ano de mil oitocentos e noventa e três.
Casada com Amândio Pinto da silva , natural de Santiago, Seia (…) no ano de mil novecentos e treze.
O falecido não deixou herdeiros sujeitos a inventário obrigatório, deixou bens e não fez testamento.
Averbamento: Vai ser sepultado no cemitério de Amadora-Oeiras.
(…)
Nona Conservatória do registo civil de Lisboa.
(…).
Em 1956 à esquerda e no dia do seu Crisma à direita

Fotografia de 1921 com os filhos Álvaro (em cima à esquerda), Mário (à direita) e Jorge em baixo

Pará, Brasil 1914

Na fotografia acima, tirada na casa onde viviam à época, na cidade de Belém Estado do Pará, Brasil, o marido Amândio escreve a Leonor Pinto da Costa, sua tia e sogra a dar noticias de Balbina chamando-lhe a atenção de como se encontrava “bem mais gorda que quando saiu daí”. De referir que o primeiro filho, Álvaro, nasceria quatro meses depois a, a 13 de Junho de 1914.

Assento de Óbito de Amândio Pinto da Silva. 16 de Dezembro de 1974


Cópia do Assento de óbito de Amândio Pinto da Silva (segue tradução)

Nome: Amândio Pinto da Silva
Sexo Masculino, idade, noventa e três anos, estado, viúvo de Balbina Pinto dos Santos e Silva.
Naturalidade: freguesia de São Tiago, concelho de Seia
Última residência habitual: Alameda D. Afonso Henriques quarenta e oito, terceiro direito em Lisboa.
Pai: José Povoa da Silva
Mão: Maria da Glória Pinto
Hora do falecimento: onze horas, dia dezasseis, mês Dezembro e ano de mil novecentos e setenta e quatro.
Lugar: freguesia Alto do Pina
Concelho de Lisboa
Causa da morte: Hemorragia digestiva
O falecido não deixou herdeiros sujeitos a inventário obrigatório, deixou bens e não fez testamento.
Vai ser sepultado no cemitério de Amadora-Oeiras.
(…)
Nona Conservatória do registo civil de Lisboa.
(…).
Com o primo e futuro cunhado, Aníbal. Em Outubro de 1917 em foto dedicada à mãe

Carteira de Identidade de Cidadão Estrangeiro, emitida pelo governo dos Estados Unidos
do Brasil, Belém 17 de Junho de 1940, onde à época vivia.

Assinatura de Amândio Pinto da Silva

Passaporte do Viajante com carimbo de 1ª classe no paquete Hilary com destino ao Pará
10 de Fevereiro de 1934


Postcard of Booth Steamship Company's Hilary in original colours pre-1945
Postcard of Booth Steamship Company's Hilary C1956 - Fraser Darrah CollectionThe houseflag logo was added in 1945 and the hull was painted white in 1956 for an Elder Dempster charter.

R.M.S. Hilary - Plan of First Class Accommodation

Hilary - Sala de Jantar
Hilary - Camarote e deck principal de 1ª classe
Fotos e texto retirados do site da Booth Line Limited em http://www.bluestarline.org/, a 16/01/2009


Na Carteira de Identidade, na foto à esquerda, pode ler-se que era morador na R. de Santo António Nº 3, (antiga Presidente Wilson). Ao lado na foto, o estabelecimento comercial, Casa Carvalhaes, que seu tio António Pinto da Costa havia fundado nessa mesma rua.


Os primos Amândio e Balbina nos primeiros anos do Século XX. Em 1913 viriam a casar.


Foto acima, Diploma de Habilitação de condução: emitida pela Intendência Municipal de Belém,
Comissão Examinadora de Chaufferurs e Motorneiros, confere a Amândio Pinto da Silva, licença
para o exercício da actividade em 15 de Fevereiro de 1913.







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Parte em Construção





Quando João Brandão foi deportado para o exílio, em toda a Beira se organizaram festas populares e o povo cantou na rua. Uma das canções referia: “Já lá vaes para o degredo - Adeus ó João Brandão – A morte d’aquele padre - Foi a tua perdição”.


horrorosa morte e roubo do padre Januário Mendes, prior de Sameice", na noite de 6 para 7 de Janeiro de 1857, em como "a célebre Joanna, viúva de António Pinto (Abrantes), de Maceira"






Maceira, freguesia de Santiago. Ao centro Maria da Glória Pinto da Costa e ao seu lado de chapéu o sobrinho Carlos Pinto dos Santos



Na varanda em Santiago antes de ser coberta. A partir do banco vê-se na imagem, de pé Mario Pinto da Silva seguido por Alvaro dos Santos Silva e sentado Jorge Santos Silva (irmãos). A 3ª pessoa de pé, mais alto não identifico.





António Manuel de Almeida nasceu no dia 5 de Novembro de 1891, em S. Pedro, Vila Real e faleceu a 9 de Outubro de 1968.

Filho de Manuel Maria de Almeida, natural de Guimarães, e de Maria de Jesus Almeida, da Meda, foi baptizado na igreja da sua paróquia.Em Vila Real viveu com os pais e os irmãos, Alcina, Armindo e Carlos, durante o destacamento militar do pai, que era oficial do exército.Depois do ter feito o exame da 4ª classe da Instrução Primária, a família fixou-se em Lisboa, onde o pai veio a falecer a 10 de Dezembro de 1903. A sua mãe morreu muito mais tarde, com 94 anos, a 4 de Abril de 1962.

Por testamento, instituiu a Fundação Engenheiro António de Almeida, com fins artísticos, educativos e de caridade, instituição que foi reconhecida oficialmente em 5 de Maio de 1969.





Casa da Familia em Lisboa na Rua Gonçalves Crespo em Lisboa, local onde se ergue agora sobre o edificio e jardins, a clinica de Todos os Santos

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